terça-feira, 7 de setembro de 2010

Seus olhos

o fuso dos olhos é tão louco.
Dele, diz-se apenas aquilo - se passou diante dos olhos é mundo, é mundo seu.

Não podemos então lhe dirigir uma única palavra - já não tem palavra,
apenas
a dor no peito,
o peso dos ombros (coletes a prova de bala?) largo. Um pulso fechado nas horas cegas de um relógio. Sem frentes...

Outro, ele poderia ser! Mas apenas sorri - seus dentes lajos não mentem - esta espécie de extânse profundo. Ele...
Mas outros olhos, só lâminas, desce e despede as camadas de pele! Enganam-se... é só lhes observar, nada vêem!




Abrimos em sua direção e de suas costelas (agora range os dentes) - alvas torres de marfim são sinais (sinas?), demonstram alguma espécie de fé? E o outro, agora menos vê...

Atingem agora uma cor magenta, seus olhos.

Brilho opaco no concreto de vigas, à mostra a sua sombra - indelével - desaparece na armação.
Cobre o rosto de véu transparente, antes turvam as pálpebras, para melhor ver as noites, ser amada, entre-entre outros ofusca um, são elas, pintura eternas.

Ele,nem entanto, louco. Desaparece...

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