sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O sofá - ou quando o filme acabou.

Pensei, é inútil esta tentativa de se esconder por trás das franjas, cerradas em V.
...os olhos dela eram fixos pela natureza dos sentimentos... que insistiam em esconder a raiva contida: outra vez ela era amarga - e eu inocênte.
Como uma morta ela não respirava e as luzes que molhava o teto da sala vinda dos faróis dos carros que passavam deixava um pouco de um tênue mundo sem odores, mas era por que o ambiênte não vacilava - duro era - o ar sêco, desci ainda uma última vez a mão sobre o tecido de sua pele branca, ouvi, enfim, um respiro profundo, ela aguardou eu mover minha cabeça direto a sua fronte, enquanto arqueadas, suas sobrancelhas delineou uma nova interrogação, seu sorriso, enfim, disse tudo: entendi.

No outro dia uma carta brilhava sobre o tampo negro da escrivania, como um mal necessário abri finalmente os olhos... não consegui ler uma só linha, voltei o papel dobrado sobre a mesa, olhei pelo friso da janela os cortantes raios de sol, então, vesti a camisa, sai ainda do banheiro com alguns botões em abertos a gravata torta e entrei no carro - seria ela uma fantástica visão dessas noites turbulentas. Voltei com a carta entre os dedos - ela, dizia: Obrigado pela chave de roda...Karén

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